Ele ficou conhecido como “X-9” quando “vazou” conversa telefônica entre os deputados Felipe Orro e Paulo Corrêa, gravação feita sem conhecimento das partes
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Um suposto pastor, apontado como proprietário de um site de notícias com base em Maracaju, vem aterrorizando a classe política e empresarial da cidade com a veiculação de fatos que em quase sua totalidade tendem a denegrir a imagem das pessoas enfocadas em suas notícias, as quais não podem ser chamadas de jornalísticas porque falta em seu conteúdo qualquer técnica preconizada pelo bom jornalismo.
O “Pastor X-9”, como ficou conhecido o temido fabricante de notícias desabonadoras de pessoas conhecidas nos meios políticos e empresariais da cidade, apesar de ser arvorar a essência da lisura e da verdade, é alvo de comentários nada abonadores na sociedade maracajuense.
Entre os comentários relacionados à sua pessoa há a informação de que ele teria montado uma igreja na cidade e se apossado do dízimo pago pelos fieis, fechando o templo depois de perder praticamente todos os seguidores.
Nos meios políticos, embora às escondidas, pois parece que todos os políticos da cidade “borram as calças” quando falam o nome do “pregador”, também se fala que ele teria enfrentado problemas na cidade de Corumbá, na região do Pantanal, onde, hoje, seria “persona non grata”.
Quando se abre o sítio supostamente abastecido de notícias pelo pastor o que se vê é uma infinidade de matérias atacando o governador do Estado, o prefeito, vereadores, secretários de estados e empresários da cidade.
Apesar dessa faceta do site, comenta-se a boca pequena nos meios políticos, que a maioria dos 13 componentes da Câmara Municipal de Maracaju paga um “cala-boca” de R$ 300 para o pastor não falar mal deles ou para minimizar as matérias que vier a produzir contra os integrantes da Casa de Leis.
Em nível de Mato Grosso do Sul ele ficou famoso quando emprestou o seu aparelho de celular ao deputado estadual Felipe Orro (PSDB), durante a festa de aniversário de Maracaju em 2015, mas não contou para o parlamentar que seu telefone era uma espécie de X-9: gravava todas as ligações.
Orro, inocentemente, promoveu um diálogo sobre problemas que a Assembleia Legislativa enfrentava, à época, relacionados com a folha de presença dos servidores e, em 2016, próximo da eleição, o áudio foi parar no Correio do Estado criando constrangimento para os dois parlamentares que, a despeito do alarde que fez sobre a gravação, conseguiram a reeleição sem problemas e, hoje, Paulo Corrêa preside a Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul.
No site do Tribunal de Justiça, mais precisamente acessando a Comarca de Maracaju, encontram-se dois processos envolvendo o nome do referido pastor. Num dos processos, ele aparece como réu sob a acusação da prática de calúnia, mas curiosamente, ele, que adora conspurcar a imagem das pessoas enfocadas em suas matérias, aparece em um segundo processo como autor acusando seu desafeto de calúnia, injúria e difamação.
Na Comarca de Campo Grande tramita uma ação de denunciação caluniosa tendo como autor o Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul, produto de um Boletim de Ocorrência registrado no 3º Distrito Policial da Capital e que se transformou no Inquérito Policial número 268/2017 e evoluiu para a condição de Ação Penal de Procedimento Ordinário Criminal em face do recebimento da denúncia.
Por fim, sobre o site em questão é correto afirmar que ele supostamente pertenceria ao referido pastor, pois, isso é voz corrente na cidade onde empresários e políticos tremem nas bases quando se comenta que “o pastor está na cola”. Porém, registre-se que não há no portal qualquer menção a um diretor, um jornalista responsável ou qualquer outra informação capaz de situar o internauta sobre quem seria o responsável pelo conteúdo veiculado sítio eletrônico.
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